pedes-me um sonho
e eu dou-te um rio
onde o mar se comprime e desagua:
eram as águas sugadas pelo areal ouguento,
o seu uno amante penetrou-lhe o veio
e sublimaram-se.
pedes-me um quadro
e eu dou-te um leito
inchado pela gravidez das águas:
masabuluka era a menha misturada pelo amor,
mar e rio formaram um oceano novo
e descansaram.
e um rosado manto tingiu-lhes o rosto
quando os flamingos vieram em bando
poisar nas margens dos seus braços.
admário costa lindo, “Solaris, o oitavo mar”
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