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sábado, outubro 07, 2006

Patalim, Patalim



PATALIM, PATALIM

Para a Nené Carracinha
e todos os Moçamedenses



O Norberto Gouveia, era um amigo especial
e, quem um dia o conheceu, não o esquecerá jamais.
Brindou-o a Natureza de dons e virtudes tais
que o elevaram e fizeram dele uma figura imortal.

Grande, muito grande em tudo que se meteu,
Honrou a camisola do Atlético, foi desportista,
brindou-nos com a graça e maestria de Artista.
Dos que o viram actuar na revista, quem se esqueceu

dele no papel de compère, junto do Mestre Campos
- que sozinho, com graça e arte podia o palco encher -,
a dar-lhe luta, e respostas brilhantes como pirilampos,
dançando, cantando e fazendo rir até mais não poder.

Foi Homem que, entre o sempre jovem povo Macongino,
como Arcebispo da Praia das Conchas, exerceu com graça
a função de benzedor – provador de barris de boa vinhaça
com prédicas e orações dignas d’um abençoado do destino.

Esta é tão só uma página das minhas Memórias
e, de entre o que me pesa meio século de ausência
da terra natal, é não poder hoje contar mais histórias
de quem que nos fazia rir sem usar da indecência.


João Manuel Mangericão (Neco)


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