Mensagem a Moçamedes,
Eternamente Nossa Mãe
Não é em vão que hoje te homenageamos,
Recordando o teu sorriso de princesa
E bebendo as amargas lágrimas que chorámos
Nestes anos todos de inexcedível tristeza.
Há muito deixámos teu regaço,
Mas em nossos corações ainda alimentamos
A saudade da partida e o abraço
Que em momento de transe trocámos.
Desde então quanta amargura
Dentro de ti vem obstruindo
Os sonhos e esperanças que, com fartura,
Nós semeámos no teu deserto infindo.
De cada Welwitschia” faríamos um vigilante
Do Namibe solarento,
Que as “miragens” espreitam a todo o instante
Para te livrar de tanto sofrimento.
Não é uma miragem este sentimento
Arreigado em nós obstinadamente,
Fazendo uma bandeira do nosso lamento
Nas lutas que travamos pacientemente.
E aqui estamos como soldados,
Em Caldas da Rainha, p’ra te saudar,
Plenos de alegria mas com saudades
Para teu nome gritar:
Moçamedes! Continuas princesa!
Velhinha, mas com nobreza!
Mário António Gomes Guedes da Silva
4.Agosto.2001
4.Agosto.2001
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